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Riscos do diabetes para o coração

| Cardiologia geral
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Quem tem diabetes sabe a importância dos cuidados com a saúde, principalmente porque ela é uma comorbidade associada às doenças cardiovasculares. Então, vamos direto ao ponto: quem tem diabetes pode sim, sofrer com problemas no coração.

Segundo uma pesquisa realizada pela International Diabetes Federation (IDF), e publicada no portal da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), até 80% dos pacientes com diabetes tipo 2 morrem por causas relacionadas a problemas cardíacos. Além disso, estudos apontam que a diabetes dobra o risco de desenvolvimento das doenças cardiovasculares em homens e triplica em mulheres.

No entanto, a relação entre o diabetes e coração pode ser um pouco mais amigável, quando o paciente adota hábitos saudáveis e faz um acompanhamento periódico com o cardiologista.

Hoje, vou mostrar para você um pouco mais dos riscos do diabetes para o coração e como se prevenir das doenças cardiovasculares. Acompanhe mais!

A diabetes aumenta os riscos para o coração?

Os pacientes com diabetes têm mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares, com maiores riscos de infarto e AVC (acidente vascular cerebral). Para termos uma ideia, cerca de 13% dos pacientes diabéticos com mais de 65 anos tiveram algum episódio de AVC.

Isso ocorre porque a parede interna da artéria dos diabéticos perde as suas propriedades protetoras, levando ao depósito de moléculas de gordura e cálcio. Essa condição é conhecida como aterosclerose. Assim, o paciente enfrenta um quadro clínico no qual há depósitos irregulares de material gorduroso nas paredes das artérias, levando a um fluxo sanguíneo reduzido ou bloqueado. 

Como consequência, o metabolismo de quem tem diabetes passa a agrupar partículas de gordura tóxicas nas artérias, o que leva aos riscos de infarto, AVC e outras condições relacionadas ao coração.

É importante que os pacientes com diabetes (tanto do tipo 1 quanto tipo 2) tenham muito cuidado em relação ao acompanhamento, visto que há muitos casos em que o infarto é silencioso

Quais são os principais riscos da diabetes para o coração?

Com os níveis muito altos de glicose no sangue, o paciente com diabetes pode apresentar muitas complicações, entre elas:

  • aumento do colesterol ruim;
  • maior formação de placas de gordura nas artérias coronárias;
  • maior produção de coágulos obstrutores de artérias;
  • falta de oxigênio no coração, devido à obstrução;
  • insuficiência cardíaca prolongada.

Quando associada a outros fatores de risco, como hipertensão, sedentarismo, tabagismo e histórico familiar, o relacionamento entre a diabetes e coração fica ainda mais perigoso, com casos precoces de infarto agudo do miocárdio.

Cuidado: sintomas de infarto podem ser diferentes nos diabéticos!

A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBC) alerta que os sinais clássicos de infarto agudo podem não ser tão evidentes nos diabéticos. Em alguns casos, as pessoas nem mesmo sentem as dores no peito e a irradiação para o braço.

Em geral, na relação do diabetes e coração, os sintomas de infarto mais frequentes são a falta de ar (dispneia), mal-estar generalizado, sudorese, náuseas e vômitos, desmaios e, até mesmo, a descompensação da glicose sem causa aparente.

Os pacientes com diabetes também podem ter sintomas diferentes nos casos de AVC. Os sinais mais comuns são a perda ou diminuição súbita da força motora, além da dormência de apenas um lado do corpo. Porém, os diabéticos podem vivenciar o surgimento súbito de falas arrastadas, confusão mental e troca de palavras.

Como prevenir os riscos do diabetes para o coração?

A melhor forma de prevenir os riscos do diabetes para o coração é adotar hábitos saudáveis. Ou seja, os diabéticos precisam se dedicar aos cuidados com a saúde.

Por isso, não deixe de praticar atividades físicas periodicamente, adote uma dieta equilibrada e nutritiva e evite o excesso de álcool, drogas e cigarro.

Aliás, o tabagismo é um dos principais fatores de risco para o coração. Assim como em indivíduos não-diabéticos, o fumo aumenta a morbi-mortalidade cardiovascular, bem como a concentração de colesterol VLDL e piora do controle glicêmico. 

Porém, essa condição pode ser melhorada gradualmente, em especial, quando o paciente consegue superar o vício. Estudos apontam que 10 anos após cessar o hábito de fumar, é possível observar uma redução dos riscos ao coração.  Caso você tenha histórico de hipertensão e infarto na família, não deixe de procurar um médico cardiologista o quanto antes.

 As mulheres na menopausa também exigem uma atenção especial, pois elas ficam mais propensas ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, bem como aos fatores de risco, como o diabetes.

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Dra. Cristina Silveira
CRM 20996 SC RQE 12315

Cardiologista pela SBC, com atuação em Florianópolis, realiza acompanhamento à saúde do coração para mulheres, idosos e pacientes com câncer além de diagnósticos cardiológicos preventivos e pré-operatórios.