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Menopausa causa pressão alta? Entenda a relação

| Cardiologia da mulher
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Quando falamos em menopausa, muitas mulheres já imaginam as famosas “ondas de calor” e os perigos da osteoporose – já que esses são os sintomas mais conhecidos durante a maturidade do corpo. No entanto, é preciso ficar de olho em algumas condições que também aparecem no climatério, como os riscos de doenças cardiovasculares.

Chamamos de menopausa, o período referente à última menstruação da mulher. Normalmente, ocorre entre os 45 até os 55 anos, mas há pessoas que sofrem com a menopausa precoce ou tardia. Tudo isso depende de muitos fatores.

É comum que a menopausa se inicie com as irregularidades menstruais e, aos poucos, os sintomas vão aparecer, incluindo as ondas de calor, alterações de sono, libido e humor, em alguns casos, secura vaginal.

Embora muitas mulheres tenham um certo receio da menopausa, essa é uma condição extremamente comum. Com o acompanhamento médico especializado, é possível reduzir o desconforto dos sintomas e cuidar da saúde, principalmente em relação ao coração.

Uma dúvida muito comum que surge é: a menopausa causa pressão alta

O artigo de hoje irá responder isso, mostrando a relação entre o climatério e as alterações cardiovasculares. Acompanhe a leitura!

Qual a relação da menopausa com a pressão alta?

O coração feminino requer atenção. Após os 40 anos, há maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e elevação da pressão arterial e, a partir dos 50, na época da menopausa, há um aumento significativo nos casos de infarto.

Isso deve-se à diminuição do hormônio estrogênio durante o climatério, que é um protetor aliado do coração, já que estimula a dilatação dos vasos e facilita o fluxo sanguíneo. Inclusive, mulheres com menopausa precoce são mais vulneráveis às doenças cardiovasculares, justamente por conta do baixo nível de estrogênio.

De acordo com dados do Hospital do Coração (HCor), cerca de 30% das mulheres são vítimas de infarto. No Brasil, mais de 200 pessoas do sexo feminino morrem por dia devido às doenças cardiovasculares, tendo maior impacto do que o câncer de mama. O problema mata 8 vezes mais que o câncer de mama.

Além disso, as mulheres possuem artérias menos calibrosas e, por isso, tendem a desenvolver doença coronariana em idade mais avançada, o que dificulta o tratamento.

Sendo assim, a atenção deve ser redobrada durante a menopausa, já que a própria diminuição do estrogênio já causa uma elevação dos riscos cardiovasculares, incluindo a pressão alta (hipertensão).

Há outros riscos além da menopausa?

O aumento da pressão arterial e o desenvolvimento de doenças cardiovasculares também estão associados a outros fatores de risco em mulheres. 

Entre eles, destaca-se o histórico familiar e a presença de doenças autoimunes, que aumentam os riscos de problemas cardíacos. Em conjunto, mulheres que usam determinados tipos de anticoncepcional também devem tomar cuidado, pois a pílula altera os níveis hormonais.

Para quem combina o anticoncepcional com o cigarro, fica a dica que isso é uma verdadeira bomba-relógio! Afinal, além da alteração de hormônios, o fumo causa uma predisposição a eventos trombóticos e pode levar a infarto, AVC, embolia pulmonar, especialmente quando combinado ao uso de anticoncepcional.

A adoção de uma rotina sedentária e os maus hábitos alimentares, principalmente durante a menopausa, também contribuem significativamente para os problemas cardíacos.

Segundo o “Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa”, do Ministério da Saúde, o risco de doenças cardiovasculares devido ao sedentarismo é de 1,9 vezes maior; já o hábito de fumar aumenta os riscos em até 2,5 vezes.

Como faço para evitar a pressão alta na menopausa?

É possível reduzir as chances de desenvolvimento de problemas cardiovasculares e controlar a pressão arterial durante a menopausa. No entanto, a mulher deve adotar algumas mudanças, como uma dieta saudável e praticar exercícios físicos com regularidade.

Além disso, é importante fazer um acompanhamento médico com cardiologista e ginecologista, especialmente quando há recomendações de reposição hormonal.

Fora que largar o cigarro é algo imprescindível para manter a qualidade de vida durante a menopausa. Vale dizer que as tabagistas tendem a sofrer com mais intensidade os sintomas relacionados ao climatério, como as ondas de fogo.

Por esse motivo, adotar novos hábitos é uma forma de garantir a qualidade de vida durante a menopausa e diminuir os riscos da pressão alta.

Está precisando cuidar da sua saúde? Entre em contato comigo e agende uma consulta de avaliação!

Dra. Cristina Silveira
CRM 20996 SC RQE 12315

Cardiologista pela SBC, com atuação em Florianópolis, realiza acompanhamento à saúde do coração para mulheres, idosos e pacientes com câncer além de diagnósticos cardiológicos preventivos e pré-operatórios.