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Fumar cigarro eletrônico ou narguilé afeta o coração!?

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Formas diferentes de fumar, como o cigarro eletrônico (ou vape) e o narguilé (espécie de cachimbo de água de origem oriental, utilizado para fumar tabaco flavorizado com diversos sabores) levam a uma falsa percepção de segurança desses aparelhos como uma alternativa menos nociva à saúde.

Ao contrário da versão tradicional, o cigarro eletrônico não precisa de combustão para funcionar e não gera o odor característico que circunda os fumantes. Essa é uma das principais características que fazem com que os fumantes acreditem que não estão colocando em risco sua saúde por conta do ato de fumar vape. Mesmo sem produzir fumaça ao ser usado, ele forma um vapor ou aerossol, que é inalado pelo usuário e por quem está perto e nesse vapor estão substâncias que podem ser tóxicas e cancerígenas.

Sendo assim, a nicotina líquida está presente e essa é a principal vilã com relação aos efeitos colaterais pro sistema cardiovascular. A pessoa que fuma o cigarro eletrônico segue correndo riscos inflamatórios, de formação de coágulos e trombos e de arritmia. E, segundo pesquisas, os danos ao sistema cardiovascular podem surgir após uma única experiência, e também com o uso crônico. Além disso, como contém nicotina, pode sim causar dependência química, assim como o cigarro tradicional. Portanto, o vape não é uma opção pra quem quer parar de fumar.

E o narguilé? Utilizar esse aparelho também trará malefícios para a saúde e pode ser até em proporções maiores do que o cigarro tradicional. Embora se acredite que a fumaça do narguilé pode ser menos prejudicial, visto que a mesma é filtrada ao passar pela água, esta não seria uma questão talmente segura, pois apenas uma pequena parte das substâncias nocivas da fumaça, como o monóxido de carbono e a nicotina, ficarão na água, mas a quantidade de fumaça que será inalada será muito maior do que o cigarro.

Nenhum produto oriundo do tabaco é seguro para ser utilizado sem causar danos à saúde e especialmente ao seu coração. Sabe-se que os hábitos poucos saudáveis, como sedentarismos, má alimentação e consumo de drogas são fatores corroborativos para os estudos que mostram cada vez mais jovens sendo acometidos por doenças cardiovasculares. E o atual e desenfreado uso do cigarro eletrônico influencia e muito neste cenário. Não há um nível considerado seguro para o consumo destes derivados do cigarro e bem pelo contrário: o seguro seria nunca consumi-los.

Dra. Cristina Silveira
CRM 20996 SC RQE 12315

Cardiologista pela SBC, com atuação em Florianópolis, realiza acompanhamento à saúde do coração para mulheres, idosos e pacientes com câncer além de diagnósticos cardiológicos preventivos e pré-operatórios.