O sistema cardiovascular vem ganhando mais atenção devido ao aumento da expectativa de vida das pessoas que, por essa razão, costuma desencadear uma série de riscos para doenças cardiovasculares e complicações metabólicas.
Então, mesmo algumas doenças que não são especificamente cardiológicas, podem trazer risco para o seu coração. Confira abaixo algumas delas:
- Apneia do sono
Na apneia do sono, o suprimento do ar é interrompido continuamente, causando uma queda dos níveis de oxigênio no sangue. É por isso que a pessoa se mexe ofegantemente, tentando respirar. Esse sintoma pode acontecer muitas vezes durante a noite de sono e os danos são variados e graves. Ocorre uma pressão sobre o coração, uma vez que leva o órgão a bombear o sangue mais rápido para compensar a falta de oxigênio e assim os níveis flutuantes de oxigênio também causam acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco das doenças cardiovasculares, hipertensão e derrame.
- Doenças da tireóide
A tireoide é o órgão responsável por regular o número de batimentos e a força de contração do músculo cardíaco. Quando ocorre uma disfunção, isso afeta o coração de diversas formas. No hipotireoidismo, que é um problema comum e de desenvolvimento mais lento, há principalmente o risco de infarto, de doenças coronarianas, colesterol elevado e de baixa resistência ao esforço físico. Já no hipertireoidismo, o organismo é afetado mais rapidamente, requerendo assistência imediata, pois há chances de causar insuficiência cardíaca, dilatação do coração, cansaço, arritmias e palpitação.
- Esteatose (gordura no fígado)
A esteatose hepática é um fator de risco independente para insuficiência cardíaca em pacientes obesos. Essa doença acontece com o acúmulo de gordura no fígado e evidências recentes sugerem uma forte ligação entre a esteatose hepática e a formação de placas nas artérias coronarianas do coração. Podem ocorrer diversas alterações metabólicas como o aumento de circulação de proteínas inflamatórias, aumento da resistência a insulina, aumento do estresse oxidativo, disfunção do endotélio (camada interna dos vasos sanguíneos) e dislipidemia aterogênica (alterações de colesterol e triglicérides que favorecem aterosclerose). Estas alterações em conjunto, favorecem a formação de placas nos vasos e consequentemente um risco maior de doenças cardíacas em portadores da doença.
- Doença renal crônica.
Os rins e o coração são órgãos vitais para o organismo e ambos estão relacionados entre si, trabalhando em conjunto. Por isso, quando um deles falha, o outro acaba por sofrer as consequências. Quando os rins ficam debilitados, o coração também acaba por ser afetado. Estando os rins enfraquecidos, o sistema hormonal, “que regula a pressão sanguínea, aumenta drasticamente, ao tentar aumentar o suprimento de sangue para os rins”, explica o BHF.
Como consequência, o coração acaba por ter de bombear contra pressões mais altas, sofrendo, eventualmente, com este aumento da carga de trabalho, podendo originar uma insuficiência cardíaca.
- Infecções sexualmente transmissíveis, como HIV
O coração pode ser afetado em vários aspectos por essa doença, levando ao comprometimento do pericárdio, do endocárdio e do miocárdio, variando de doença assintomática até a morte. Estudos mostram uma maior mortalidade de pessoas com comprometimento cardiovascular, o que provoca uma necessidade de prevenção.
Alguns medicamentos usados para o tratamento do HIV, apesar de muito eficazes para evitar infecções oportunistas, podem alterar negativamente o colesterol, aumentando o risco de infarto.
Alguns aspectos como tabagismo e os hábitos inadequados de vida e dieta contribuem para o aumento do risco cardiovascular nestes casos. Ressalte-se ainda a ação pleiotrópica do vírus, desde a infecção do miocárdio até os distúrbios metabólicos conseqüentes à sua presença no organismo.
Acompanhe o meu Facebook e Instagram para mais conteúdos! Ou para dúvidas/consulta entre em contato comigo!
