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Avaliação cardiológica pré-operatória: como é feita, exames e critérios

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avaliação cardiológica pré-operatória, como o próprio nome sugere, é uma avaliação realizada antes de procedimentos cirúrgicos com o objetivo de reduzir o risco de complicações graves antes durante e após a cirurgia, como, por exemplo, infarto, arritmias e edema agudo de pulmão. Dessa forma, é possível ter um parecer cardiológico e estimar o risco cirúrgico de cada indivíduo, propondo ações que possam reduzir a chance de ocorrerem complicações.

Conforme a 3ª Diretriz de avaliação cardiovascular perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é fundamental recolher informações sobre o estado de saúde dos pacientes, antes de qualquer intervenção cirúrgica. Afinal de contas, as condições cardiorrespiratórias, antecedentes cirúrgicos, alergias a medicações e comorbidades podem aumentar o risco cirúrgico e interferir no tratamento.

Ou seja, muito mais do que “liberar” o paciente para a cirurgia, a avaliação cardiológica serve para compreender todos os fatores envolvidos durante o procedimento e que podem ter um efeito no indivíduo, tendo como principal objetivo reduzir ao máximo as chances de complicações.

Ao longo deste artigo, saiba mais sobre a avaliação cardiológica pré-operatória, como é feita, exames e critérios para verificar o estado de saúde de cada paciente. Acompanhe a leitura!

Quais as etapas da avaliação cardiológica pré-operatória?

O parecer cardiológico do paciente é dado após uma avaliação criteriosa do estado de saúde integral. Por esse motivo, recomenda-se que todas as pessoas que passam por alguma cirurgia sejam submetidas a inúmeros exames minuciosos, para verificar o risco cirúrgico, principalmente em relação ao sistema cardiorrespiratório.

A seguir, conheça algumas etapas da avaliação cardiológica pré-operatória, segundo a SBC.

1 – Histórico do paciente e capacidade funcional

O primeiro passo é avaliar o histórico do paciente e a sua capacidade funcional. Esse processo é feito por meio de uma consulta com o cardiologista, em que se coleta informações sobre condições clínicas determinantes na estimativa do risco cirúrgico.

É nesta etapa que o cardiologista também investiga o estado clínico do paciente e a necessidade de compensação de doenças coexistentes, com foco em condições cardiovasculares graves.

2 – Exame físico

O exame físico é a segunda etapa da avaliação cardiológica pré-operatória e, embora feito com cardiologista, não deve ser limitado ao sistema cardiovascular. Durante esse processo, o foco é investigar algumas condições do paciente, tais como:

  • presença de cardiopatia preexistente ou potencial;
  • definição da gravidade e estabilidade das possíveis cardiopatias;
  • identificação de comorbidades (colesterol alto, diabetes, etc.).

Ao descobrir alguma doença cardíaca, bem como qualquer afecção (doenças neurológicas, renais, infecções, desnutrição, entre outros), o médico pode recomendar a suspensão da intervenção, até o tratamento das enfermidades e melhora do quadro de saúde do paciente. No caso de cirurgias que não podem ser adiadas, como, por exemplo, cirurgias oncológicas, o cardiologista pode solicitar que o pós-operatório seja feito numa UTI, com maior suporte para o paciente.

3 – Exames clínicos

Após a realização do exame físico, é o momento de investigar com maior precisão as condições cardíacas do paciente. Para isso, o cardiologista pode requisitar alguns exames de praxe. São eles:

  • Eletrocardiograma (ECG): complementa a avaliação cardiológica, para identificação de riscos cardíacos nos procedimentos operatórios, como arritmias, distúrbios de condução, Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) prévio, sobrecargas ventriculares do coração, alterações eletrolíticas ou por efeito de medicamentos.
  • Raio-X de tórax: este procedimento permite investigar doenças crônicas que trazem risco cirúrgico, como Doença Pulmonar Obstrutiva (DPOC) e cardiomegalia

Dependendo dos fatores de risco e do histórico do paciente, o cardiologista pode requisitar outros exames complementares.

Após a avaliação cardiológica, não há nenhum risco cirúrgico?

Em qualquer tipo de cirurgia, mesmo as mais simples, não se pode falar em “risco zero”. Isso porque, por mais completa que tenha sido a avaliação pré-operatória, podem ocorrer complicações inesperadas.

No entanto, a avaliação cardiológica é imprescindível para diminuir ao máximo possível os riscos de complicações cirúrgicas, contribuindo para o melhor tratamento e recomendação do paciente.

Além disso, é importante buscar profissionais competentes que possam te acompanhar durante todo o procedimento: desde o pré-operatório, na cirurgia e na recuperação pós-operatória. Dessa forma, você terá mais tranquilidade na hora de passar pela intervenção.

Tem alguma dúvida sobre a avaliação cardiológica pré-operatória? Mande uma mensagem para mim e saiba como ter um excelente parecer cardiológico!

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Dra. Cristina Silveira
CRM 20996 SC RQE 12315

Cardiologista pela SBC, com atuação em Florianópolis, realiza acompanhamento à saúde do coração para mulheres, idosos e pacientes com câncer além de diagnósticos cardiológicos preventivos e pré-operatórios.